Várias dicas, atividades e truques para ajudar no processo de alfabetização de seus alunos ou filhos, confira!
Algumas atividades, desenvolvidas em sala de aula, são fundamentais no processo de alfabetização das crianças. Leitura em rodas, caça-palavras, escrever textos memorizados e até ditados. Pela simplicidade das atividades, é possível até que os pais alfabetizados tentem desenvolvê-las em casa.
Se você está tendo dificuldades na alfabetização de alguns de seus alunos não deixe de ler estas dicas, são super importantes.
01 - LEITURA EM RODAS
O que é: o professor organiza a turma em uma roda e faz a leitura em voz alta de diferentes tipos de texto (contos, poemas, notícias, receitas, cartas etc.).
Quando propor: diariamente, tomando o cuidado de trabalhar cada tipo de texto várias vezes, para que a turma se familiarize com ele, e de variar os gêneros, para que o repertório se amplie.
O que a criança aprende: esse é o principal canal de acesso ao mundo da escrita, essencial para os filhos de pais analfabetos ou que têm pouco contato em casa com livros, revistas e outros materiais. Na atividade, a criança se familiariza com a linguagem dos livros (onde há histórias que divertem), dos jornais (que trazem notícias), dos manuais (que ensinam a usar um aparelho) etc. Assim, ela aprende que cada um é produzido e apresentado de uma forma diferente e, assim, começa a perceber a diferença entre a língua falada e a escrita.
02 - LER PARA APRENDER A LER
O que é: a confrontação da criança com listas (de nomes, frutas, brinquedos etc.) e textos que ela conhece de cor - como cantigas, parlendas e trava-línguas -, propondo que neles ela encontre palavras ou "leia" trechos (antes mesmo de estar alfabetizada).
Quando propor: em dias alternados com as atividades de escrita. A atividade deve ser realizada só com alunos não alfabéticos. Para os alfabetizados, é aconselhável propor outras tarefas de leitura, já que eles conseguem ler com autonomia.
O que a criança aprende: acompanhando o texto com o dedo enquanto recita os versos, o aluno busca meios de "descobrir" as palavras fazendo o ajuste do falado para o escrito. Isso acontece porque ele já sabe "o que" está escrito (condição para a realização da atividade) e precisa pensar somente no "onde". Ele reconhece as primeiras letras e partes de palavras conhecidas ou identifica as que se repetem. Para isso, ele se vale de estratégias de leitura, como a antecipação. No caso das listas, ele prevê qual será determinada palavra por já conhecer o tema em questão - frutas, cores - e, no caso dos textos memorizados, por já saber o que está escrito. Outra estratégia é a verificação, que consiste na identificação de uma letra conhecida que esteja no começo ou no fim da palavra e que confirme a antecipação feita.
03 - ESCREVER PARA APRENDER
O que é: a escrita de textos memorizados - como cantigas, parlendas, trava-línguas e quadrinhas - ou de listas (de nomes, frutas, brinquedos etc.) que podem ser escritos com lápis e papel ou com letras móveis.
Quando propor: em dias alternados com as atividades de leitura para reflexão sobre o sistema de escrita. A atividade deve ser realizada com alunos não alfabéticos. Para os alfabetizados, é aconselhável propor um trabalho sobre ortografia ou pontuação, uma vez que eles já sabem escrever.
O que a criança aprende: concentrada apenas no sistema de escrita - pois o conteúdo ela já sabe de cor -, a criança pode se voltar apenas ao "como escrever", pensando em quantas e quais letras usar. Ela se esforça para encontrar formas de representar graficamente o que necessita redigir, avançando no processo de alfabetização.
04 - DITADO PARA ESCRIBA
O que é: a turma cria oralmente um texto num gênero específico - conto, carta, bilhete, receita, notícia etc. -, mesmo sem estar alfabetizada, e a professora escreve no quadro. É condição didática para a atividade as crianças conhecerem o gênero. Dessa forma, mesmo sem saber definir o que são uma carta ou um conto de fadas, a criança sabe diferenciá-los.
Quando propor: várias vezes por semana. Sempre que o uso da escrita se fizer necessário no dia-a-dia da sala de aula (escrita de bilhetes, convites etc.) e no desenvolvimento de projetos de leitura e escrita.
O que a criança aprende: ela se aprimora na linguagem escrita ao adaptar a linguagem oral (mais coloquial) às exigências de um texto no que se refere às suas características. Há ainda o trabalho de revisão dessa produção, eliminando palavras repetidas.