Uma História
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A turma da Jorge Fleck...
Chimarrão em punho, bombacha, lenço vermelho no pescoço, bota de couro. A imagem do gaúcho se tornou conhecida no Brasil graças ao respeito que todos no Rio Grande do Sul dispensam às suas tradições e costumes — não só nos campos e nas cidades, mas também nas escolas. Para manter aceso o interesse das novas gerações, a Secretaria de Educação de Parobé, a 80 quilômetros de Porto Alegre, criou um projeto que leva lendas, vestuário, danças, pratos típicos e a história do Estado para dentro das salas de aula.
"A intenção é manter viva nossa maior riqueza usando-a para ensinar os conteúdos curriculares", explica Ludinara Scheffel, coordenadora do Folclore nas Escolas. O trabalho começou em 1998 para revitalizar o interesse pelo gauchismo na gurizada. "As tradições estavam se perdendo porque Parobé vinha recebendo muita gente de fora", explica Maria Helena Willers, secretária de Educação.
"Ensinar a cultura local ajuda o aluno a compreender melhor o país e o mundo", aprova Maura Dallan, consultora da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, órgão da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Os Parâmetros Curriculares Nacionais recomendam atividades desse tipo e dão outra boa sugestão. Caso sua cidade ou região não tenha tantas tradições para explorar, inicie o trabalho com histórias familiares.
Pilchados para a mateada
Ludinara foi convidada a desenvolver as atividades por suas qualificações inquestionáveis: cria dos Centros de Tradições Gaúchas, ela foi prenda do Estado, uma espécie de "miss tradição". Ela conta que sempre estudou a história do Rio Grande do Sul e garante: "Conheço em detalhes as origens de roupas, comidas e expressões". O foco do trabalho era o Ensino Fundamental e o primeiro passo foi o ensino das danças típicas.
Hoje, graças ao projeto, é comum ver as ruas cheias de prendas e peões pilchados a caminho da escola nos dias de mateada. Ops! Se você também não entendeu nada, leia o glossário abaixo. "Começamos pelas danças porque acreditávamos que ela seria um chamariz para os jovens", diz Ludinara. "É o que eles mais gostam", confirma Maria Agoreti dos Santos, professora das turmas de 2ª e 3ª séries da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Ana Maria Fay dos Santos.
Ao ver o interesse da turma pelos bailados, Régia Viviane Bruck enxergou uma oportunidade para melhorar o aprendizado de Matemática. "A contagem dos passos na Dança do Pezinho, por exemplo, ajuda a ensinar números pares e ímpares", revela. "Para os mais velhos, é possível ensinar porcentagem observando o desenvolvimento das duplas durante os ensaios."
O sucesso dos grupos — nas apresentações e nas notas — logo atraiu outros professores. "Utilizando o barracão, estrutura tradicional da estância, é possível ensinar, em História e Geografia, a colonização do Estado", exemplifica Claudecir Barbosa da Silva, que leciona para as turmas de 5ª a 8ª série na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Muck.
Em Língua Portuguesa, Letícia Wichmann explorou lendas com a 5ª e a 6ª na Escola Municipal de Ensino Fundamental Jorge Fleck. "Transcrevemos as narrativas orais e os alunos criaram histórias em quadrinhos. Com isso, perceberam as diferenças de linguagem", destaca. "No processo, estudamos o vocabulário gaúcho e as diferenças com a língua falada no resto do país."
Chimarrão em punho, bombacha, lenço vermelho no pescoço, bota de couro. A imagem do gaúcho se tornou conhecida no Brasil graças ao respeito que todos no Rio Grande do Sul dispensam às suas tradições e costumes — não só nos campos e nas cidades, mas também nas escolas. Para manter aceso o interesse das novas gerações, a Secretaria de Educação de Parobé, a 80 quilômetros de Porto Alegre, criou um projeto que leva lendas, vestuário, danças, pratos típicos e a história do Estado para dentro das salas de aula.
"A intenção é manter viva nossa maior riqueza usando-a para ensinar os conteúdos curriculares", explica Ludinara Scheffel, coordenadora do Folclore nas Escolas. O trabalho começou em 1998 para revitalizar o interesse pelo gauchismo na gurizada. "As tradições estavam se perdendo porque Parobé vinha recebendo muita gente de fora", explica Maria Helena Willers, secretária de Educação.
"Ensinar a cultura local ajuda o aluno a compreender melhor o país e o mundo", aprova Maura Dallan, consultora da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, órgão da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Os Parâmetros Curriculares Nacionais recomendam atividades desse tipo e dão outra boa sugestão. Caso sua cidade ou região não tenha tantas tradições para explorar, inicie o trabalho com histórias familiares.
Pilchados para a mateada
Ludinara foi convidada a desenvolver as atividades por suas qualificações inquestionáveis: cria dos Centros de Tradições Gaúchas, ela foi prenda do Estado, uma espécie de "miss tradição". Ela conta que sempre estudou a história do Rio Grande do Sul e garante: "Conheço em detalhes as origens de roupas, comidas e expressões". O foco do trabalho era o Ensino Fundamental e o primeiro passo foi o ensino das danças típicas.
Hoje, graças ao projeto, é comum ver as ruas cheias de prendas e peões pilchados a caminho da escola nos dias de mateada. Ops! Se você também não entendeu nada, leia o glossário abaixo. "Começamos pelas danças porque acreditávamos que ela seria um chamariz para os jovens", diz Ludinara. "É o que eles mais gostam", confirma Maria Agoreti dos Santos, professora das turmas de 2ª e 3ª séries da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Ana Maria Fay dos Santos.
Ao ver o interesse da turma pelos bailados, Régia Viviane Bruck enxergou uma oportunidade para melhorar o aprendizado de Matemática. "A contagem dos passos na Dança do Pezinho, por exemplo, ajuda a ensinar números pares e ímpares", revela. "Para os mais velhos, é possível ensinar porcentagem observando o desenvolvimento das duplas durante os ensaios."
O sucesso dos grupos — nas apresentações e nas notas — logo atraiu outros professores. "Utilizando o barracão, estrutura tradicional da estância, é possível ensinar, em História e Geografia, a colonização do Estado", exemplifica Claudecir Barbosa da Silva, que leciona para as turmas de 5ª a 8ª série na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Muck.
Em Língua Portuguesa, Letícia Wichmann explorou lendas com a 5ª e a 6ª na Escola Municipal de Ensino Fundamental Jorge Fleck. "Transcrevemos as narrativas orais e os alunos criaram histórias em quadrinhos. Com isso, perceberam as diferenças de linguagem", destaca. "No processo, estudamos o vocabulário gaúcho e as diferenças com a língua falada no resto do país."